terça-feira, 19 de outubro de 2010

Poluentes causadores de Efeito de Estufa

  •          O dióxido de carbono é o principal gás com efeito de estufa. Desde a Revolução Industrial que as emissões têm aumentado, para níveis que contribuem para o desequilíbrio climático. As emissões deste gás provêm, na sua maioria, da queima de carvão (para produzir electricidade em centrais termoeléctricas e na Indústria) e de derivados de petróleo (nos transportes, na indústria, …). 80% das emissões globais de dióxido de carbono são feitas nas áreas urbanas.
                   
  •          O metano é entre vinte a setenta e cinco vezes (dependendo do tempo que se encontra na atmosfera) mais poderoso do que o dióxido de carbono, a reter a radiação solar. O metano provém das actividades agrícolas (com destaque para os resíduos do gado e produção de arroz), decomposição de resíduos em aterros, mineração de carvão e da queima de combustíveis fósseis. No entanto, o facto de o metano já ter valor inerente tem potencializado o seu aproveitamento, nomeadamente, para a utilização do gás dos aterros para a produção de energia.

  •          O Negro de Carbono, ou fuligem, não é considerado um gás (são pequenas partículas de carbono). A sua origem é a queima de biomassa, de combustíveis fósseis (normalmente por veículos pouco eficientes, em países subdesenvolvidos sem legislação a este respeito).Um dos problemas do negro de carbono é o facto de, quando cai sobre a neve ou gelo, (o Árctico ou os Himalaias são os casos mais preocupantes) diminuir a quantidade de energia que essas superfícies reflectem (a Albedo, quantidade de energia reflectida, é maior em superfícies lisas e claras), absorvendo mais radiação solar e derretendo mais facilmente.

  •          Holocarbonos, incluem os “famoso” CFC (clorofluorocarbonetos). Como estes gases são responsáveis pela depleção da camada de Ozono, as suas emissões têm diminuído, ao obrigo do definido pelo Protocolo de Montreal. A forma como a humanidade lidou com o problema do ozono, tomando medidas sérias para o enfrentar, deve ser tomado como exemplo.Os restantes holocarbonos que não afectam o ozono, e que por isso não estão regulamentados pelo protocolo de Montreal, estão pelo de Quioto.

  •          Monóxido de Azoto e Compostos Orgânicos Voláteis. Apesar destes dois poluentes não serem directos causadores do aquecimento global criam azoto e, por isso, contribuem indirectamente mas de forma significativa, para a retenção de calor na atmosfera.Estes poluentes provêm dos automóveis, queima de biomassa e processos industriais.

  •          Óxido de ozoto tem origem, em grande medida, da utilização de fertilizantes azotados na agricultura. Estes fertilizantes aumentam as emissões resultantes da decomposição bacteriana no solo. Para além disso, provocam o aparecimento de zonas mortas em ribeiras e rios para onde escorrem os fertilizantes, processo conhecido por eutrofização.  Para agravar a situação, estes adubos exigem enormes quantidades de combustíveis fósseis na sua produção.

  •          O vapor de água retém calor. No entanto, esta retenção é maior quanto maior for a temperatura. Assim, o aumento de temperatura resultante do aquecimento global, aumentará a quantidade de radiação que este gás retém, provocando um agravamento da situação. 
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sociedade americana mais insegura sobre o aquecimento global

                                                                                                                                                            
A revista norte – americana GOOD publicou um interessante estudo estatístico sobre a forma como a sociedade do país tem visto a questão do aquecimento global ao longo dos anos.
Os resultados são pouco animadores. Entre 2008 e 2010 registou-se um aumento de quase 15% na reposta  “inseguro” relativamente à questão “As alterações climáticas estão a ocorrer?”. “Não estão a ocorrer” também aumentou, mas de forma menos significativa.(Figura 1)

Figura 1: "As alterações climáticas estão a ocorrer?" era uma das perguntas do inquérito.


Para estes resultados muito têm contribuído campanhas de desinformação como este anúncio publicitário exibido no estado da Califórnia, pago por duas companhias petrolíferas. No vídeo a protagonista defende que “quer fazer a sua parte no aquecimento global” mas as soluções devem esperar até “as pessoas estarem novamente a trabalhar”. Ora, este argumento é falacioso: o investimento na mitigação do aquecimento global cria emprego (um estudo da Universidade de Massachusetts afirma que o investimento em energias limpas pode criar milhões de novos postos de trabalho).
No lado das boas notícias, ainda relativamente ao estudo divulgado pela GOOD, metade dos inquiridos concorda com a Universidade de Massachusetts: as medidas de redução do aquecimento global irão criar mais empregos. Já 86% querem que o Governo limite as emissões de poluentes pelas empresas.
Todos os dados do estudo podem ser consultados aqui.


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O efeito de estufa era benéfico até termos interferido na delicada relação entre a Terra e o Sol

O fenómeno do efeito de estufa consiste na retenção de alguma da radiação solar que entra na Terra. Quando a Terra emite para a atmosfera praticamente a mesma quantidade de radiação solar que recebe, isto não representa nenhum problema, muito pelo contrário (Figura 1). Desta forma mantém-se o equilíbrio térmico da Terra, essencial para a vida no planeta (se o efeito de estufa, em condições normais, não existisse a temperatura média da Terra seria cerca de 33º C mais baixa).


Figura 1 – O efeito de estufa em condições normais

No entanto, a emissão de grandes quantidades de Gases de Estufa (Dióxido de Carbono, Metano, entre outros) tem vindo a aumentar a quantidade de radiação solar que fica retida na atmosfera (Figura 2), aumentando a temperatura da Terra. Este efeito de estufa, que não é normal porque resulta da acção humana, deu origem a uma crise climática que necessitamos de enfrentar.


Figura 2 – Efeito de estufa maior devido à acção humana

(Imagens retiradas do livro Uma Verdade Inconveniente de Al Gore)