Muitas espécies animais e vegetais estão em risco de serem as primeiras vítimas do aquecimento global. As estimativas indicam que em 2100 metade das espécies do planeta poderão estar extintas. As alterações climáticas não serão o único responsável mas, sem dúvida, vão assumir um papel de relevo.
As florestas da América do Norte também não estão imunes ao perigo. A proliferação, causada pelo aumento da temperatura, de pragas como os coleópteros - da - madeira tem causado a devastação de vastas áreas florestais. O governo canadiano estima que até 2013 pragas como os coleópteros levarão ao desaparecimento de 80% dos pinheiros da Colômbia Britânica.
O desaparecimento das florestas acarreta um importante efeito perverso: menos áreas florestais representam a perda de um importante sumidouro de Carbono.
Mas se para muitos seres vivos as alterações climáticas apresentam desafios de sobrevivência inultrapassáveis, para outros são uma oportunidade de expansão única. Entre os mais beneficiados encontram-se os insectos. Não é por acaso que a malária tem vindo a expandir-se para as terras mais elevadas do centro de África, onde até agora não tinha sido identificada. A proliferação do mosquito causada pelo aumento da temperatura pode trazer a malária, e outras doenças típicas dos países quentes, de volta à Europa. Filipe Duarte Santos, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, lembra que vectores responsáveis pela transmissão de determinadas doenças como os mosquitos ou os ratos “ficam com condições mais favoráveis de proliferarem e as doenças que estão associadas podem tornar-se mais frequentes”.
O desaparecimento das florestas acarreta um importante efeito perverso: menos áreas florestais representam a perda de um importante sumidouro de Carbono.
Mas se para muitos seres vivos as alterações climáticas apresentam desafios de sobrevivência inultrapassáveis, para outros são uma oportunidade de expansão única. Entre os mais beneficiados encontram-se os insectos. Não é por acaso que a malária tem vindo a expandir-se para as terras mais elevadas do centro de África, onde até agora não tinha sido identificada. A proliferação do mosquito causada pelo aumento da temperatura pode trazer a malária, e outras doenças típicas dos países quentes, de volta à Europa. Filipe Duarte Santos, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, lembra que vectores responsáveis pela transmissão de determinadas doenças como os mosquitos ou os ratos “ficam com condições mais favoráveis de proliferarem e as doenças que estão associadas podem tornar-se mais frequentes”.
Na fauna, os anfíbios e os répteis são os que enfrentam maiores riscos. Este facto resulta de serem animais de sangue frio, que apenas podem viver em locais com características climáticas precisas. Os anfíbios, nomeadamente os sapos, são vistos por muitos especialistas como importantes indicadores ecológicos, ou seja, são utilizados para obter informação sobre o impacto do Homem nos ecossistemas. Não é por acaso que as populações de sapos têm diminuindo a uma velocidade alarmante. A National Geographic Brasil fala mesmo de uma “extinção em massa”, devido a “um fungo exótico, a perda de habitat, a poluição e as mudanças no clima”. O sapo - dourado, por exemplo, que tinha uma frágil população de 1500 exemplares, desapareceu em menos de dois anos pelo ataque de um fungo potencializado pelo aumento das temperaturas durante a noite. Alan Pounds, da Reserva Biológica da Floresta Nublada de Monteverde, onde a população daquele sapo se encontrava, citado pelo livro Rough Guide: Alterações Climáticas de Robert Henson afirma que “a doença foi a bala que matou os sapos, mas foram as alterações climáticas quem puxou o gatilho”.
As alterações climáticas apresentam enormes desafios para os animais. Muitos deles baseiam-se nas normais alterações da temperatura para se reproduzirem ou migrarem. A rapidez com que as mudanças no clima se têm vindo a verificar impossibilita que os seres vivos a elas se adaptem.
Também as plantas já começam a sentir os efeitos das mudanças no clima. Os fogos florestais, que só no ano passado dizimaram quase 130 mil hectares em Portugal, tornar-se-ão mais frequentes com temperaturas mais elevadas. Xavier Viegas, professor da Universidade de Coimbra, é peremptório: “a incidência dos fogos florestais será muito mais catastrófica nas próximas décadas”.
As florestas tropicais enfrentam períodos de seca que poderão por em causa o frágil equilíbrio em que se sustentam. A amazónia enfrenta actualmente um período de seca intensa, enquanto no estado do Rio de Janeiro enxurradas mataram centenas. Apesar de o Brasil ser um país de contrastes climáticos, muito provavelmente as alterações climáticas (e a desflorestação que causa menos retenção de humidade no solo, no caso do “pulmão do mundo”) terão contribuído para estas catástrofes.
Também as plantas já começam a sentir os efeitos das mudanças no clima. Os fogos florestais, que só no ano passado dizimaram quase 130 mil hectares em Portugal, tornar-se-ão mais frequentes com temperaturas mais elevadas. Xavier Viegas, professor da Universidade de Coimbra, é peremptório: “a incidência dos fogos florestais será muito mais catastrófica nas próximas décadas”.
As florestas tropicais enfrentam períodos de seca que poderão por em causa o frágil equilíbrio em que se sustentam. A amazónia enfrenta actualmente um período de seca intensa, enquanto no estado do Rio de Janeiro enxurradas mataram centenas. Apesar de o Brasil ser um país de contrastes climáticos, muito provavelmente as alterações climáticas (e a desflorestação que causa menos retenção de humidade no solo, no caso do “pulmão do mundo”) terão contribuído para estas catástrofes.